domingo, 10 de maio de 2009

HOMENAGEM ÀS MÃES DE TODO O MUNDO

UMA MULHER DE FIBRA – UMA HOMENAGEM ÀS MÃES

Eu poderia contar esta história, colocando como personagem principal d. Eudócia Pessoa Pereira. Mas seria algo muito pretensioso, por ser ela a minha mãe, embora isso não me impeça de afirmar que ela fora, em vida, uma mulher exemplar e revestido de qualidades ímpares. Mas vamos aos fatos.

D. Mirtes era uma viúva que, desde a morte do marido, um marinheiro pernambucano, nunca quis contrair novo matrimônio, Ficara com dois filhos: Pablo, com sete anos, e Fabiana, com oito. Sozinha, criou os filhos com disciplina, sempre orientando-os no caminho do Senhor.

Os anos passaram e as crianças cresceram. Fabiana, formada em Veterinária, casou-se e deu dois lindos netinhos à d. Mirtes. Mesmo assim, continuava sendo aquela filha carinhosa e dedicada à família.

Pablo, com 19 anos, preparava-se para oficializar seu noivado com uma jovem, filha de um conhecido fazendeiro. Mas o destino foi cruel com o jovem, único companheiro de d. Mirtes.

Retornando do banco, onde trabalhava há apenas seis meses, foi abordado por um elemento que, depois de assaltá-lo, disparou um tiro certeiro no peito daquele jovem de um futuro promissor.

Preso, dois meses depois de praticar o crime, o assaltante que, segundo relatou a polícia, tinha a mesma idade de sua vítima, recebia regularmente roupas, calçados, materiais de higiene e uma alimentação cuidadosamente preparada.

O tempo passava e nada faltava para aquele jovem. Era algo estranho, visto que ele não tinha uma família com as devidas condições de assisti-lo com tanta precisão e de forma tão bondosa.

Incomodado com aquilo, o jovem procurou saber através do carcereiro quem o ajudava com tanto luxo. O carcereiro prometeu ficar de sobreaviso para descobrir o nome daquele “anjo” protetor.

Certo dia, depois de muitas tentativas, o carcereiro encontrou a resposta tão desejada pelo presidiário. Era uma senhora de aproximadamente 50 anos, rosto sorridente, passos firmes e que transmitia muita paz às pessoas com quem falava.
Diante daquela mulher especial, o jovem presidiário sentiu algo diferente no seu interior. Era como se o coração estivesse passando por uma transformação inexplicável. Meio cabisbaixo, perguntou: - afinal, quem é a senhora? Ainda sorridente, a estranha visitante respondeu: - Eu sou a mãe do rapaz que você matou naquele assalto. Mas não se assuste! A partir do momento que você foi preso, eu o adotei como meu filho. Já providenciei um bom advogado para tirá-lo desta situação angustiante. Enquanto isso, continuarei a amá-lo, como sempre amei o meu Pablo.
Perplexo, o jovem em soluços e banhado em lágrimas, desabafou: - Eu lhe prometo fidelidade, amor e todo o carinho para fazê-la feliz. Juro que serei um filho amoroso e, somente agora sinto o que é realmente ter uma mãe de verdade. Além de mãe, a senhora é uma mulher de fibra, que não consegue odiar o assassino do próprio filho. Abençoe-me todas as noites ao se deitar e todas as manhãs, ao se levantar.

OBS.: Este foi um fato real, reproduzido com minhas próprias palavras para prestar um a justa e extensiva homenagem a todas as mães do mundo. É a história da mãe que todos desejariam ter. Uma MULHER DE FIBRA.

Nenhum comentário:

Postar um comentário