quarta-feira, 9 de novembro de 2011

QUEM SALVARÁ O BRASIL?

PF CONFIRMA EXISTÊNCIA DO MENSALÃO (1/11/2011)

BRASÍLIA - Relatório final da Polícia Federal confirma a existência do mensalão no governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Depois de seis anos de investigação, a PF concluiu que o Fundo Visanet, com participação do Banco do Brasil, foi uma das principais fontes de financiamento do esquema montado pelo publicitário Marcos Valério. Com 332 páginas, o documento da PF, divulgado pela revista 'Época', joga por terra a pretensão do ex-presidente Lula de provar que o mensalão nunca existiu e que seria uma farsa montada pela oposição.
O relatório da PF demonstra que, dos cerca de R$ 350 milhões recebidos do governo Lula pelas empresas de Valério, os recursos que mais se destinaram aos pagamentos políticos tinham como origem o fundo Visanet. As investigações da PF confirmaram que o segurança Freud Godoy, que trabalhou com Lula nas campanhas presidenciais de 1998 e 2002, recebeu R$ 98,5 mil do esquema do valerioduto, conforme revelou o Estado, em setembro de 2006. A novidade é que Freud contou à PF que se tratava de pagamento dos serviços de segurança prestados a Lula na campanha de 2002 e durante a transição para a Presidência - estabelecendo uma ligação próxima de Lula com o mensalão. No depoimento, Freud narrou que o dinheiro serviu para cobrir parte dos R$ 115 mil que lhe eram devidos pelo PT.
O relatório da PF apontou o envolvimento no esquema do mensalão, direta ou indiretamente, de políticos como o hoje ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, do PT. Rastreando as contas do valerioduto, os investigadores comprovaram que Rodrigo Barroso Fernandes, tesoureiro da campanha de Pimentel à prefeitura de Belo Horizonte, em 2004, recebeu um cheque de R$ 247 mil de uma das contas da SMP&B no Banco Rural. As investigações confirmaram também a participação de mais sete deputados federais, entre eles Jaqueline Roriz (PMN-DF), Lincoln Portela (PR- MG) e Benedita da Silva (PT-RJ), dois ex-senadores e o ex-ministro tucano Pimenta da Veiga.
Segundo a revista 'Época', a PF também confirmou que o banqueiro Daniel Dantas tentou mesmo garantir o apoio do governo petista por intermédio de dinheiro enviado às empresas de Marcos Valério. Dantas teria recebido um pedido de ajuda financeira no valor de US$ 50 milhões depois de se reunir com o então ministro da Casa Civil José Dirceu. Pouco antes de o mensalão vir a público, uma das empresas controladas por Dantas fechou contratos com Valério, apenas para que houvesse um modo legal de depositar o dinheiro. De acordo com o relatório da PF, houve tempo suficiente para que R$ 3,6 milhões fossem repassados ao publicitário.
As investigações comprovaram ainda que foram fajutos os empréstimos que, segundo a defesa de Marcos Valério, explicariam a origem do dinheiro do mensalão. Esses papéis serviram somente para dar cobertura jurídica a uma intrincada operação de lavagem de dinheiro. De acordo com o relatório da PF, houve duas fontes de recursos para bancar o mensalão e as demais atividades criminosas de Marcos Valério. A principal, qualificada de 'fonte primária', consistia em dinheiro público, proveniente dos contratos do publicitário com ministérios e estatais. O principal canal de desvio estava no Banco do Brasil, num fundo de publicidade chamado Visanet, destinado a ações de marketing do cartão da bandeira Visa. As agências de Marcos Valério produziam algumas ações publicitárias, mas a vasta maioria dos valores repassados pelo governo servira tão somente para abastecer o mensalão.
A segunda fonte de financiamento, chamada de 'secundária', estipulava que Marcos Valério seria ressarcido pelos pagamentos aos políticos por meio de contratos de lobby com empresas dispostas a se aproximar da Presidência da República. Foi o caso do Banco Rural, que tentava obter favores do Banco Central e do banqueiro Daniel Dantas, que precisava do apoio dos fundos de pensão das estatais.

MAIS DENÚNCIAS!!! O QUE ESTÁ ACONTECENDO COM O NOSSO PAÍS?

TCU aponta indícios de irregularidades graves em 18 obras do PAC
O Tribunal de Contas da União (TCU) apontou 18 obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) com indícios de irregularidades graves entre as 26 que devem ser paralisadas por causa de projeto básico deficiente ou malfeito, de superfaturamento e sobrepreço.
Quase metade dessas obras - 11 delas - é reincidente e continua na relação porque as falhas e suspeitas de fraudes não foram corrigidas. A Refinaria Abreu Lima, no Recife, entrou na lista deste ano e na do ano passado, quando as obras prosseguiram por determinação do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nessa obra do PAC, o tribunal constatou sobrepreço nos serviços, insumos e encargos. O TCU fiscalizou 230 obras, avaliadas em R$32 bilhões.
O presidente do tribunal e o relator do processo de fiscalização, ministros Benjamin Zymler e Raimundo Carreiro, entregaram neste terça-feira, 8, ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), o relatório de fiscalização das obras, selecionadas conforme critérios definidos na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
Zymler informou que o trabalho preventivo do tribunal possibilitou uma economia de R$ 2,6 bilhões com o recuo e correção de projeto e mecanismos falhos. O relator Raimundo Carreiro informou que 52% dos recursos de R$ 32 bilhões foram aplicados pelo Ministério dos Transportes, que continua sendo o campeão no total de obras com indícios de irregularidades graves. O ministro disse que os números da Pasta apontam 'melhorias' em relação a anos anteriores.
Entre os 'achados mais recorrentes' na auditoria deste ano, o TCU encontrou 126 obras ou 55% delas com indícios de sobrepreço e superfaturamento; 124 (54%) com projeto básico deficiente ou desatualizado; 47 (20%) com vícios de licitação; 33 obras (14%)com edital ou contrato incompleto ou inadequado; 20 obras (9%), nas quais o orçamento não é acompanhado das composições dos custos; 19 (8%), com fiscalização deficiente ou omissa; 17 (7%) com ausência de cadastramento no sistema obrigatório de obras; 15 (7%), com inadequação ou inexistência dos critérios de aceitabilidade de preços unitários e global; 14 (6%), com ausência de termo aditivo formalizando alterações das condições inicialmente pactuadas e o mesmo total com liquidação irregular de despesa.
A decisão de paralisar as obras ou de acatar qualquer outra recomendação do TCU cabe à Comissão Mista do Orçamento depois de analisar os problemas apontados pelo tribunal.

PREPOTÊNCIA E ARROGÂNCIA DOS ALIADOS DEIXAM GOVERNO IMPOTENTE E FRAGILIZADO

Maioria do PDT ameaça deixar a base se Lupi cair; 'Só saio à bala', desafia ele.
MINISTRO VIRA FERA E AMEAÇA ATÉ A PRESIDENTE
"Lupi na reunião da Executiva do PDT em que deu explicações sobre os convênios de sua pasta"
BRASÍLIA - Na véspera da votação da Desvinculação de Receitas da União (DRU), a maioria da bancada do PDT emparedou a presidente Dilma Rousseff e anunciou que, se o ministro Carlos Lupi (Trabalho) for demitido, a legenda sai da base do governo. 'Caso o ministro Lupi saia, o PDT também sai do governo', afirmou o líder do partido na Câmara, Giovanni Queiroz (PA). A manifestação da liderança ocorreu um dia após alguns integrantes do PDT terem pedido que a Procuradoria-Geral da República e a Polícia Federal investiguem suposto esquema de corrupção no ministério.
Lupi vem enfrentando uma série de denúncias sobre a assinatura de convênios da pasta com ONGs de fachada e cobrança de propinas dessas entidades.
Na terça-feira, 8, o ministro foi provocativo ao falar de sua permanência no governo. 'Para me tirar só abatido à bala - e precisa ser bala forte, porque eu sou pesadão.' Lupi foi além e disse que não deixará o cargo nem na futura reforma ministerial. 'Duvido que a Dilma me tire. Ela me conhece há 30 anos', disse ele, logo depois de uma reunião com a bancada de parlamentares do PDT em que apresentou suas defesas a respeito dos convênios.
O PDT aproveitou-se do momento delicado vivido pelo governo para dar o ultimato. O partido tem 26 deputados e cinco senadores. Para aprovar a DRU, o governo precisa de 308 votos na Câmara e 49 no Senado, em duas votações em cada Casa. Os cálculos mais otimistas do governo são de que terá por volta de 328 votos na Câmara. Se perder os 26 do PDT, adeus DRU. A desvinculação permitirá ao governo gastar R$ 62 bilhões no ano que vem de forma livre.
No Palácio do Planalto a avaliação pela manhã era de que a situação do ministro era relativamente tranquila, visto que o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, disse que não havia nada contra ele. As denúncias, até agora, são consideradas frágeis, de acordo com o Planalto.
Mas as declarações de Lupi surpreenderam o governo. Auxiliares de Dilma avaliaram que Lupi repete o ex-ministro Nelson Jobim (Defesa), que caiu por causa de afirmações tidas como sinal de desobediência.
Tensão. A reunião de Lupi com os parlamentares começou tensa, mas foi mudando com o passar do tempo. O ministro comunicou ao deputado Antonio Reguffe (DF) e ao senador Pedro Taques (MT) que aceitava o fato de eles - juntamente com o deputado Miro Teixeira (RJ) - terem ido à Procuradoria-Geral da República pedir investigação das denúncias contra ele por considerar que o PDT é um partido democrático, com pluralidade de ideias. Mas, segundo Lupi, os parlamentares agiram com atraso, porque ele mesmo já pedira antes a apuração das denúncias, também ao procurador-geral.
Lupi afirmou ainda que no domingo tinha sido procurado por Miro Teixeira - ausente da reunião de terça-feira. O deputado lhe disse que assinaria um requerimento para que a PGR abrisse as investigações. 'Eu respondi: você vai chegar atrasado, porque também estou pedindo isso'. Quando falou a respeito de Lupi, Brizola Neto fez a mais veemente defesa de Lupi: disse que o PDT era o alvo dos ataques. A partir daí todos os presentes se solidarizaram com o ministro.
Licença. Ao deputado Reguffe restou defender a licença de Lupi durante as investigações. 'Seria uma forma diferente de enfrentar as denúncias. Em vez de resistir, pedir licença e deixar que as investigações sejam feitas', disse o parlamentar. Só foi acompanhado pelo senador Pedro Taques.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

CONHECENDO AS 17 REGRAS DO FUTEBOL



REGRAS DO FUTEBOL

REGRA 1 – O CAMPO DE JOGO

Dimensões: O campo de jogo será retangular. O comprimento da linha lateral deverá ser superior ao comprimento da linha de meta. Comprimento: mínimo 90 m máximo 120 m; Largura: mínima 45 m; máxima 90 m
Partidas internacionais: Comprimento: mínimo 100 m máximo 110 m - Largura: mínima 64 m
máxima 75 m
Marcação do campo de jogo: O campo de jogo será marcado com linhas. As ditas linhas pertencem as áreas que demarcam. As duas linhas de marcação mais compridas denominam-se linhas laterais. As duas mais curtas chamam-se linhas de meta. Todas as linhas terão uma largura de 12 cm como máximo. O campo do jogo estará dividido em duas metades, por uma linha média. O centro do campo estará marcado com um ponto na metade da linha média, ao redor do qual se traçará um círculo com um raio de 9,15m.
A área de meta: A área de meta, situada em ambos extremos do campo de jogo, será demarcada da seguinte maneira:
Serão traçadas duas linhas perpendiculares a linha de meta, a 5,5m da parte interior de casa poste de meta. As ditas linhas se adentrarão 5,5m desde a parte interior de cada poste de meta. As ditas linhas se adentrarão 5,5m no campo de jogo e se unirão com uma linha paralela a linha de meta. A área delimitada por essas linhas mais a linha de meta será a área de meta.
A área penal: A área penal, situada em ambos extremos do campo de jogo, será demarcada da seguinte maneira: Serão traçadas duas linhas perpendiculares a linha de meta, a 16,5 m, da parte interior de cada poste de meta. Essas linhas se adentrarão 16,5 m no campo de jogo e se unirão com uma linha paralela a linha de meta. A área delimitada por essas linhas e a linha de meta será a área penal. Em cada área penal será marcado um ponto penal a 11 m de distância do pnto médio da linha entre os postes e equidistantes dos mesmos. No exterior de cada área penal se traçará, também, um semicírculo com um raio de 9,15 m desde cada ponto penal.
Bandeiras de canto: Em cada canto será colocado um poste não pontiagudo com uma bandeirinha. A altura mínima do poste será de 1,5m de altura. Também poderão colocar bandeirinhas em cada extremo da linha média, a uma distância mínima de 1 m do exterior da linha lateral.
A área de canto: Se traçará um quadrante com um raio de 1 m desde cada bandeirinha de canto ao interior do campo de jogo.
As metas: As metas serão colocadas no centro de cada linha de meta. Consistirão em dois postes verticais, equidistantes das bandeirinhas de canto e unidos na parte superior por uma barra horizontal (travessão). A distância entre os postes será de 7,32 m e a distância da borda inferior do travessão ao solo será de 2,4 m. Os postes e o travessão terão a mesma largura e espessura, com o máximo de 12 cm. As linhas de meta terão as mesmas dimensões que os postes e o travessão. Poderão ser colocadas redes fixadas nas metas e no solo atrás da meta, com a condição de que estejam presas de forma conveniente e não atrapalhem o goleiro. Os postes e os travessões deverão ser de cor branca.
Segurança: Os postes deverão estar fixados firmemente no solo. Poderão ser utilizadas metas móveis somente em caso de que se cumpra esta exigência.

REGRA 2 – A BOLA

• será esférica;
• será de couro ou outro material adequado;
• terá uma circunferência não superior a 70 cm e não inferior a 68 cm;
• terá um peso não superior a 450g e não inferior a 410g, no começo da partida;
• terá uma pressão equivalente a 0,6 - 1,1 atmosferas (600 - 1100 g/cm²) ao nível do mar.
Substituição de uma bola defeituosa: Se a bola estoura ou se danifica durante uma partida:
• o jogo será interrompido;
• o jogo se reiniciará por meio de bola ao chão, executada com uma nova bola no lugar onde a primeira bola se danificou.
Se a bola estoura ou se danifica em um momento em que não está em jogo (tiro inicial, tiro de meta, tiro de canto, tiro livre, tiro penal ou arremesso lateral):
• a partida se reiniciará conforme às regras.
A bola não poderá ser trocada durante a partida sem a autorização do árbitro.

REGRA 3 - NÚMERO DE JOGADORES

A partida será jogada por duas equipes formadas por um máximo de 11 jogadores cada uma, dos quais um jogará como goleiro. A partida não se iniciará se uma das equipes tiver menos de sete jogadores.
Competições oficiais:
Poderão ser utilizados como máximo, três (03) substitutos em qualquer partida de uma competição oficial jogada sob os auspícios da FIFA, das Confederações ou das Associações Nacionais.
O regulamento da competição deverá estipular quantos substitutos poderão ser designados, desde três (03) até um máximo de sete (07)..
Outras partidas:
Em outras partidas poderão se utilizar como máximo, cinco substitutos sempre que:
• as equipes em questão cheguem a um acordo sobre o número máximo;
• o árbitro tenha sido informado antes do início da partida.
Caso o árbitro não tenha sido informado, ou não se tenha chegado a um acordo antes do início da partida, não se permitirão mais de três substitutos.
Todas as partidas:
Em todas as partidas, os nomes dos substitutos deverão ser entregues ao árbitro antes do início da partida. Os substitutos que não tenham sido designados desta maneira, não poderão participar da partida.
Procedimento de substituição:
Para substituir-se a um jogador por um substituto, deverão ser observadas as seguintes condições:
• o árbitro deverá ser informado da substituição proposta antes que esta seja efetuada;
• o substituto não poderá entrar no campo de jogo até que o jogador o qual substituirá tenha abandonado o campo de jogo e recebido o sinal do árbitro;
• o substituto entrará no campo de jogo unicamente pela linha central e durante uma interrupção do jogo;
• uma substituição ficará consumada quando o substituto entra no campo de jogo;
• a partir desse momento, o substituto se converte em jogador, e o jogador ao qual substitui deixa de ser jogador;
• um jogador que tenha sido substituído não poderá participar mais da partida;
• todos os substitutos estão submetidos à autoridade e jurisdição do árbitro, sejam chamados ou não a participar do jogo.
Troca de goleiro:
Qualquer um dos jogadores poderá trocar de posição com o goleiro, sempre que:
• o árbitro tenha sido previamente informado;
• a troca se efetue durante uma interrupção do jogo.
Contravenções/Sanções:
Se um substitudo entra no campo de jogo sem a autorização do árbitro:
• o jogo será interrompido;
• o substituto receberá como sanção o cartão amarelo e a ordem para que saia do campo de jogo;
• o jogo se reiniciará mediante bola ao chão no mesmo lugar que se encontrava quando o jogo foi interrompido.
Se um jogador trocar de posição com o goleiro sem a autorização prévia do árbitro:
• o jogo continuará;
• os jogadores em questão serão sancionados com o cartão amarelo, imediatamente depois da próxima interrupção do jogo.
Para qualquer outra infração a regra:
• os jogadores serão sancionados com o cartão amarelo.
Reinício do jogo:
Se o árbitro interrompe o jogo para aplicar uma advertência:
• a partida será reiniciada por meio de um tiro livre indireto, executado por um jogador da equipe contrária e do lugar onde a bola se encontrava no momento em que o jogo foi interrompido.
Jogadores e substitutos expulsos:
Um jogador expulso antes do tiro inicial somente poderá ser substituído por um dos substitutos designados.
Um substituto designado expulso antes do tiro inicial ou depois do começo da partida, não poderá ser substituído.
Os jogadores não utilizarão nenhum equipamento nem levarão nenhum objeto que seja perigoso para eles mesmos ou para os demais jogadores (incluindo qualquer tipo de jóias).

REGRA 4 – EQUIPAMENTO DOS JOGADORES

Os jogadores não utilizarão nenhum equipamento nem levarão nenhum objeto que seja perigoso para eles mesmos ou para os demais jogadores (incluindo qualquer tipo de jóias).
Equipamento básico:
O equipamento básico obrigatório de um jogador será:
• um jérsei ou camiseta;
• calções - caso usem calções térmicos, estes deverão ter a cor principal dos calções do uniforme;
• meias;
• caneleiras;
• calçados.
Caneleira:
• deverão estar abertas e cobertas completamente pelas meias;
• deverão ser de um material apropriado (borracha, plástico ou material similar);
• deverão proporcionar um grau razoável de proteção.
Goleiros:
• cada goleiro vestirá cores que o diferenciem dos demais jogadores, do árbitro e dos árbitros assistentes.
Infrações/Sanções:
No caso de qualquer infração à presente Regra:
• não será necessário interromper o jogo;
• o árbitro ordenará ao jogador infrator que abandone o campo de jogo para que ponha em ordem seu equipamento;
• o jogador sairá do campo de jogo na primeira ocasião em que a bola não esteja em jogo, a menos que o jogador então em falta, tenha posto em ordem seu equipamento;
• todo jogador que tenha que abandonar o campo de jogo para pôr em ordem seu equipamento, não poderá retornar ao campo de jogo sem a autorização do árbitro;
• o árbitro se certificará de que o equipamento do jogador está em ordem antes de permitir que o mesmo reingresse no campo de jogo;
• o jogo só poderá reingressar no campo de jogo quando a bola não estiver em jogo.
Um jogador que tenha sido obrigado a abandonar o campo de jogo por infração a esta regra, e que entra (ou reingressa) ao campo de jogo sem a autorização do árbitro, será advertido e receberá o cartão amarelo.
Reinício do jogo:
Se o árbitro interrompe o jogo para advertir o infrator:
• o jogo será reiniciado por meio de um tiro livre indireto executado por um jogador da equipe adversária, do lugar onde a bola se encontrava quando o árbitro interrompeu a partida.

REGRA 5 – O ÁRBITRO

A autoridade do árbitro:
Cada partida será controlada por um árbitro, que terá autoridade total para fazer cumprir as Regras do jogo na partida para a qual tenha sido designado.
Poderes e deveres:
O árbitro:
• fará cumprir as regras do jogo;
• controlará a partida em cooperação com os árbitros assistentes e, sempre que o caso o requeira, com o quarto árbitro;
• se assegurará de que as bolas utilizadas correspondam às exigências da regra 4;
• atuará como cronometrista e tomará notas dos incidentes na partida;
• interromperá, suspenderá ou finalizará a partida quando julgue oportuno, no caso de que se cometam infrações às Regras do jogo;
• interromperá, suspenderá ou finalizará a partida por qualquer tipo de interferência externa;
• interromperá o jogo, se julgar que algum jogador tenha sofrido uma lesão grave e se encarregará de que o mesmo seja transportado para fora do campo de jogo;
• permitirá que o jogo continue até que a bola esteja fora de jogo, se julgar que um jogador está só levemente contundido;
• se assegurará de que todo jogador que sofra uma lesão com sangramento saia do campo de jogo. O jogador só poderá reingressar depois do sinal do árbitro, que se certificará de que a ferida tenha deixado de sangrar;
• permitirá que o jogo continue se a equipe contra a qual se tenha cometido uma infração se beneficia de uma vantagem, e sancionará a infração cometida inicialmente se a vantagem prevista não se concretiza nesse momento;
• castigará para a falta mais grave quando um jogador comete mais de uma infração ao mesmo tempo;
• tomará medidas disciplinares contra jogadores que cometam faltas merecedores de advertência ou expulsão. Não está obrigado a tomar as medidas imediatamente, porém deverá fazê-lo logo que se paralize o jogo;
• tomará medidas contra os funcionários oficiais das equipes que não se comportem de forma correta e poderá, se o julga necessário, expulsá-los do campo de jogo e de seus arredores;
• atuará conforme as indicações de seus árbitros assistentes em relação com incidentes que não tenha podido observar;
• não permitirá que pessoas não autorizadas entrem no terreno de jogo;
• reiniciará o jogo após uma interrupção;
• remeterá às autoridades competentes um informe da partida, com dados sobre todas as medidas disciplinares tomadas contra jogadores ou funcionários oficiais das equipes e sobre qualquer outro incidente que tenha ocorrido antes, durante e depois da partida.
Decisões do árbitro:
As decisões do árbitro sobre fatos em relação com o jogo, são definitivas.
O árbitro poderá modificar sua decisão unicamente, se se dá conta de que é incorreta ou, se a julga necessária, conforme a uma indicação por parte de um árbitro assistente, sempre que não tenha reiniciado ainda o jogo.

REGRA 6 – OS ÁRBITROS ASSISTENTES

Deveres:
Serão designados dois (02) árbitros assistentes que terão, sem prejuízo do que decida o árbitro, a missão de indicar:
• se a bola tenha ultrapassado em sua totalidade os limites do campo de jogo;
• a que equipe corresponde efetuar os tiros de canto, de meta ou o arremesso lateral;
• quando se deverá sancionar a um jogador por ele estar em posição de impedimento;
• quando se solicita uma substituição;
• quando ocorre alguma falha ou outro incidente fora do campo visual do árbitro.
Assistência:
Os árbitros assistentes ajudarão igualmente o árbitro a dirigir o jogo conforme as Regras.
Em caso de intervenção indevida ou conduta incorreta de um árbitro assistente, o árbitro prescindirá de seus serviços e elaborará um informe para as autoridades pertinentes.

REGRAS OFICIAIS – O QUARTO ÁRBITRO

• O quarto árbitro será designado conforme o regulamento de uma competição e substituirá a qualquer um dos três (03) oficiais, responsáveis pela partida no caso de que um deles não esteja em condições de seguir atuando;
• antes do começo de uma competição, o organizador deverá estipular claramente se o quarto árbitro assumirá o papel de diretor de jogo no caso em que o árbitro principal não possa continuar dirigindo a partida, ou se o fará, o primeiro árbitro assistente e o quarto árbitro passará a ser árbitro assistente;
• o quarto árbitro ajudará em todos os deveres administrativos antes, durante e depois da partida, segundo o solicite o árbitro;
• ele será o responsável para ajudar nos procedimentos de substituição durante a partida;
• em caso de necessidade, controlará a substituição de bolas. Se durante uma partida, a bola tiver que ser substituída por indicação do árbitro, ele se encarregará de providenciar uma nova bola, limitando a um mínimo de perda de tempo;
• terá a autoridade de controlar o equipamento dos substitutos antes de que entrem no campo de jogo. No caso de que dito equipamento não corresponda ao estabelecido nas Regras do jogo, informará ao árbitro principal;
• o quarto árbitro assistirá ao árbitro principal em todo momento;
• depois da partida, o quarto árbitro submeterá um informe às autoridades competentes sobre qualquer falta ou outro incidente que tenha ocorrido fora do campo visual do árbitro principal e dos seus assistentes. O quarto árbitro deverá assistir ao árbitro e a seus assistentes, na elaboração de qualquer informe;
• o quarto árbitro estará autorizado para informar ao árbitro se alguma pessoa na área técnica não possui uma conduta apropriada;

REGRA 7 – A DURAÇÃO DA PARTIDA

Tempo de jogo:
A partida durará dois tempos iguais de 45 minutos cada um, salvo se por mútuo acordo entre o árbitro e as duas equipes participantes decidam outra coisa. Todo acordo de alterar os períodos de jogo (por exemplo, reduzir cada tempo a 40 minutos devido a luz que seja insuficiente) deverá ser tomado antes do início da partida e em conformidade com o regulamento da competição.
Intervalo do meio tempo:
Os jogadores tem direito a um descanso no meio tempo.
O descanso do meio tempo não deverá exceder a 15 minutos.
O regulamento da competição deverá estipular claramente a duração do descanso do meio tempo.
A duração do descanso do meio tempo poderá alterar-se unicamente com consentimento do árbitro.
Recuperação do tempo perdido:
Cada período deverá prolongar-se para recuperar todo o tempo perdido por:
• substituições;
• avaliação da lesão de jogadores;
• transporte dos jogadores lesionados para fora do campo de jogo para serem atendidos;
• perda de tempo;
• qualquer outro motivo.
A recuperação do tempo perdido ficará a critério do árbitro.
Tiro penal:
No caso em que se tenha que lançar ou repetir um tiro penal, se prorrogará o período em questão até que se tenha consumado o tiro penal.
Tempo suplementar:
O regulamento de uma competição poderá prever dois tempos suplementares iguais se aplicado o estipulado na Regra 8.
Partida suspensa:
Voltar-se-á a jogar toda partida suspensa definitivamente, a menos que o regulamento estipule outro procedimento.

REGRA 8 – O INÍCIO E O REINÍCIO DO JOGO

Introdução:
Será lançada uma moeda e a equipe que ganhe o sorteio decidirá a direção para a qual atacará no primeiro tempo da partida.
A outra equipe efetuará o tiro inicial para começar a partida.
A equipe que ganha o sorteio executará o tiro inicial para iniciar o segundo tempo.
No segundo tempo da partida, as equipes trocarão de matede de campo e atacarão em direção oposta.
Tiro inicial:
O tiro inicial é uma forma de iniciar ou reiniciar o jogo:
• no começo da partida;
• depois de ter marcado um gol;
• no começo do segundo tempo da partida;
• no começo de cada tempo suplementar, se for o caso.
Se poderá consignar um gol diretamente de um tiro inicial.
Procedimentos:
• todos os jogadores deverão encontrar-se em seu próprio campo;
• os jogadores da equipe contrária aquela que efetuará o tiro inicial, deverão encontrar-se no mínimo a 9,15 m (10 jardas) da bola, até que esta seja jogada;
• a bola se encontrará imóvel no ponto central;
• o árbitro dará o sinal;
• a bola entrará em jogo no momento em que seja chutada e se mova;
• o executor do tiro não poderá tocar a bola pela segunda vez antes de que não seja jogada por outro jogador.
Depois de que uma equipe marque um gol, a equipe contrária efetuará o tiro inicial.
Contravenções/Sanções:
No caso em que o executor do tiro inicial toque a bola pela segunda vez antes de que seja jogada por outro jogador:
• se concederá um tiro livre indireto a equipe adversária, que se lançará desde o lugar onde se cometeu a falta.
Para qualquer outra infração do procedimento do tiro inicial:
• o tiro inicial será repetido.
Bola ao chão:
A bola ao chão é uma forma de reiniciar o jogo depois de uma interrupção temporária necessária, quando a bola está em jogo, por causa de qualquer incidente não indicado nas regras de jogo.
Procedimento:
O árbitro deixará cair a bola no lugar em que se encontrava quando foi interrompida a partida.
O jogo será considerado reiniciado quando a bola tocar o solo.
Contravenções/Sanções:
Se voltará a deixar cair a bola:
• se é tocada por um jogador antes de tocar o solo;
• se a bola sai do campo de jogo depois de tocar o solo, sem ter sido tocada por nenhum jogdor.
Circunstâncias especiais:
Um tiro livre concedido a equipe defensora em sua área de meta poderá ser lançado desde qualquer parte dessa área.
Um tiro livre indireto concedido a equipe atacante na área de meta adversária será lançado desde a linha da área de meta paralela a linha de meta, no ponto mais próximo do lugar onde ocorreu a infração.
Uma bola ao chão para reiniciar a partida, depois que o jogo tenha sido interrompido temporariamente dentro da área de meta, será executada na linha de área de meta paralela a linha de meta, no ponto mais próximo do lugar onde se encontrava a bola quando se interrompeu o jogo.

REGRA 9 – BOLA EM JOGO E FORA DE JOGO

A bola fora de jogo:
A bola estará fora de jogo quando:
• tiver ultrapassado completamente uma linha de lateral ou de meta, seja por terra ou pelo ar;
• jogo tenha sido interrompido pelo árbitro.
A bola em jogo:
A bola estará em jogo em todo outro momento, inclusive quando:
• rebate nas traves, travessão ou bandeirinha de canto e parmanece no campo de jogo;
• rebate no árbitro ou de um árbitro assistente localizado no interior do terreno de jogo.

REGRA 10 – O GOL MARCADO

Gol marcado:
Se terá marcado um gol quando a bola tenha ultrapassado totalmente a linha de meta entre os postes e por baixo do travessão, sempre que a equipe a favor da qual se marcou o gol não tenha cometido previamente alguma irregularidade às Regras do jogo.
Equipe vencedora:
A equipe que tenha marcado o maior número de gols durante uma partida, será a vencedora. Se ambas as equipes marcaram o mesmo número de gols ou não marcaram nenhum gol, a partida terminará em empate.
Regulamento de competição:
Os regulamentos de uma competição poderão estipular um tempo suplementar ou outro procedimento aprovado pela International Football Association Board, para determinar o vencedor de uma partida em caso de empate.

REGRA 11 – O IMPEDIMENTO

Posição de impedimento:
O fato de estar em uma posição de impedimento não constitui uma infração em si.
Um jogador estará em posição de impedimento se:
• se encontra mais próximo da linha da meta contrária que a bola e o penúltimo adversário.
Um jogador não estará em posição de impedimento se:
• se encontra em sua própria metade de campo; ou
• está na mesma linha que o penúltimo adversário; ou
• está na mesma linha que os dois últimos adversários.
Infração:
Um jogador em posição de impedimento será sancionado somente se no momento em que a bola toca ou é jogada por um de seus companheiros, se encontra, na opinião do árbitro, implicado no jogo ativo:
• interferindo no jogo; ou
• interferindo a um adversário; ou
• ganhando vantagem dessa posição.
Não é infração:
Não existirá infração por impedimento se o jogador receber a bola diretamente de:
• um tiro de meta; ou
• um arremesso lateral; ou
• uma cobrança de tiro de canto.
Contravenções/Sanções:
Por qualquer infração de impedimento, o árbitro deverá outorgar um tiro livre indireto a equipe adversária, que será lançado desde o lugar onde se cometeu a falta.

REGRA 12 - FALTAS E CONDUTA ANTIESPORTIVA

As faltas e condutas antiesportivas serão sancionadas sa seguinte maneira:
Tiro livre direto:
Será concedido um tiro livre direto a equipe adversária se um jogador comete uma das seguintes seis (06) faltas de uma maneira que o árbitro considere imprudente, temerária ou com o uso de uma força excessiva:
• dar ou tentar dar um pontapé em um adversário;
• dar ou tentar dar uma rasteira em um adversário;
• saltar sobre um adversário;
• trancar a um adversário;
• agredir ou tentar agredir a um adversário;
• empurrar a um adversário.
Será concedido assim mesmo um tiro livre direto a equipe adversária se um jogador comete uma das seguintes quatro (04) faltas:
• dar um pontapé no adversário antes de tocar a bola;
• agarrar a um adversário;
• cuspir em um adversário;
• tocar a bola com as mãos deliberadamente (exceto o goleiro dentro de sua própria área penal).
O tiro livre direto será lançado desde o lugar onde se cometeu a falta.
Tiro penal:
Será concedido um tiro penal se um jogador comete uma das 10 (dez) faltas mencionadas acima dentro de sua própria área penal, independentemente da posição da bola e sempre que a mesma esteja em jogo.
Tiro livre indireto:
Será concedido um tiro livre indireto à equipe adversária se um goleiro comete uma das seguintes cinco faltas dentro de sua própria área penal:
• tardar mais de seis segundos em por a bola em jogo depois de havê-la controlada com suas mãos.
• voltar a tocar a bola com as mãos depois de havê-la posto em jogo e sem que qualquer outro jogador a tenha tocado;
• tocar a bola com as mãos depois que um jogador de sua equipe a tenha cedido com o pé;
• tocar a bola com as mãos depois de tê-la recebido diretamente de um arremesso lateral lançado por um companheiro;
• perder tempo.
Será concedido assim mesmo um tiro livre indireto à equipe adversária se um jogador, na opinião do árbitro:
• joga de forma perigosa;
• obstruir o avanço de um adversário;
• impede que o goleiro possa jogar a bola com as mãos;
• cometer qualquer outra falta que não tenha sido anteriormente mencionada na Regra 12, pela qual o jogo seja interrompido para advertir ou expulsar a um jogador.
O tiro livre indireto será lançado desde o lugar onde se cometeu a falta.
Sanções disciplinares:
Faltas puníveis com uma advertência:
Um jogador será advertido e receberá o cartão amarelo se comete uma das seguinte 07 (sete) faltas:
1. for culpado de conduta antiesportiva;
2. desaprovar com palavras ou ações as decisões do árbitro;
3. infringir persistentemente as regras do jogo;
4. retardar o reinício do jogo;
5. não respeitar a distância regulamentar em um tiro de canto ou tiro livre;
6. entrar ou voltar a entrar no campo de jogo sem a permissão do árbitro;
7. abandonar deliberadamente o campo de jogo sem a permissão do árbitro.
Faltas puníveis com uma expulsão:
Um jogador será expulso e receberá o cartão vermelho se cometer uma das seguintes 07 (sete) faltas:
1. for culpado de jogo brusco grave;
2. for culpado de conduta violenta;
3. cuspir a um adversário ou em qualquer outra pessoa;
4. impedir com mão intencionalmente um gol ou malograr uma oportunidade manifesta de um gol (isso não vale para o goleiro dentro de sua própria área penal);
5. malograr a oportunidade manifesta de marcar um gol de um adversário que se dirige até a meta do jogador mediante uma falta punível com um tiro livre ou penal;
6. empregar linguagem ofensiva, grosseira e obscena;
7. receber uma segunda advertência na mesma partida.

REGRA 13 OS TIROS LIVRES -

Tipos de tiros livres:
Os tiros livres são diretos ou indiretos.
Tanto para os tiros livres diretos como para os indiretos, a bola deverá estar imóvel quando se lança o tiro e o executor não poderá voltar a tocar na bola, antes de que esta tenha tocado em outro jogador.
O tiro livre direto:
• se um tiro livre direto entra diretamente na meta contrária, será concedido um gol;
• se um tiro livre direto entrar diretamente na própria meta será concedido tiro de canto à equipe contrária.
O tiro livre indireto:
Sinal: O árbitro indicará um tiro livre indireto levantando o braço para o alto. Deverá manter seu braço nessa posição até que o tiro tenha sido executado e conservar esse sinal até que a bola tenha tocado a outro jogador ou tenha saído de jogo.
A bola entra na meta
O gol será válido se a bola toca a outro jogador antes de entrar na meta.
• se um tiro livre indireto entrar diretamente na meta contrária, será concedido um tiro de meta;
• se um tiro livre indireto entrar na própria meta, será concedido um tiro de canto à equipe contrária.
Posição no tiro livre:
Tiro livre dentro da área penal:
Tiro livre direto ou indireto a favor da equipe defensora:
• todos os adversários deverão encontrar-se no mínimo a 9,15m da bola;
• todos os adversários deverão permanecer fora da área penal até que a bola esteja em jogo;
• a bola entrará em jogo apenas se tiver sido lançada diretamente para fora da área penal;
• um tiro concedido na área de meta poderá ser lançado de qualquer ponto da dita área.
Tiro livre indireto a favor da equipe atacante:
• todos os adversários deverão encontrar-se no mínimo a 9,15m da bola até que esta esteja em jogo, salvo se se encontram colocados sobre sua própria linha de meta entre os postes da meta;
• a bola estará em jogo no momento em que é chutada e se põe em movimento;
• um tiro livre indireto concedido na área de meta será lançado desde a parte da linha da área de meta, paralela a linha de meta mais próxima do lugar onde se cometeu a falta.
Tiro livre fora da área penal:
• todos os adversários deverão encontrar-se no mínimo a 9,15 m da bola até que esta esteja em jogo;
• a bola estará em jogo no momento em que é chutada e se põe em movimento;
• o tiro livre será lançado desde o lugar onde se cometeu a falta.
Contravenções/Sanções:
Se ao executar um tiro livre, um adversário se encontra mais perto da bola que a distância regulamentar:
• se repetirá o tiro.
Se a equipe defensora lança um tiro livre desde sua própria área penal sem que a bola entre diretamente em jogo:
• se repetirá o tiro.
Tiro livre lançado por qualquer jogador exceto o goleiro:
Se a bola estiver em jogo e o executor do tiro toca pela segunda vez a bola (exceto com suas mãos), antes que esta tenha tocado a outro jogador:
• será concedido tiro livre indireto à equipe contrária desde o lugar onde se cometeu a falta.
Se a bola estiver em jogo e o executor do tiro toca intencionalmente a bola com as mãos antes que ela tenha tocado a outro jogador:
• será concedida um tiro livre direto à equipe contrária desde o lugar onde se cometeu a falta;
• será concedido um tiro penal se a falta for cometida dentro da área penal do executor.
Tiro livre lançado pelo goleiro:
Se a bola está em jogo e o goleiro toca pela segunda vez a bola (exceto com suas mãos) antes que ela tenha tocado a outro jogador:
• será concedido um tiro livre indireto à equipe contrária desde o lugar onde se cometeu a infração.
Se a bola estiver em jogo e o goleiro tocá-la intencionalmente com a mão antes que ela tenha tocado a outro jogador:
• será concedido um tiro livre direto à equipe contrária se a falta ocorreu fora da área penal do goleiro, e o tiro será lançado do lugar onde se cometeu a falta;
• será concedido um tiro livre indireto à equipe contrária se a falta ocorreu dentro da área penal do goleiro, e o tiro será lançado desde o lugar onde se cometeu a falta.

REGRA 14 – O TIRO PENAL

Será concedido um tiro penal contra a equipe que cometer uma das dez faltas que levam a um tiro direto, dentro de sua própria área penal enquanto a bola está em jogo.
Um gol poderá ser marcado diretamente de um tiro penal.
Será concedido tempo adicional para poder executar um tiro penal ao final de cada tempo ou ao final dos períodos suplementares.
Posição da bola e dos jogadores:
A bola:
• será colocada no ponto penal.
O executor do tiro penal:
• deverá ser devidamente identificado.
O goleiro defensor:
• deverá permanecer sobre sua própria linha de meta, frente ao executor do tiro penal, entre os postes de meta até que a bola esteja em jogo.
Os jogadores, exceto o executor do tiro, estarão colocados:
• no campo de jogo;
• fora da área penal;
• atrás do ponto penal;
• a um mínimo de 9,15m do ponto penal.
O árbitro:
• não dará o sinal para execução do tiro penal até que todos os jogadores se encontrem colocados em uma posição conforme a Regra;
• decidirá quando se tenha consumado um tiro penal.
Procedimento:
• o executor do tiro penal chutará a bola para frente;
• não poderá voltar a jogar a bola até que esta não tenha tocado a outro jogador;
• a bola está em jogo no momento em que for chutada e se por em movimento.
Quando se executa um tiro penal durante o curso normal de uma partida ou quando o período de jogo tiver sido prorrogado no primeiro tempo ou ao final do tempo regulamentar com objetivo de lançar ou voltar a lançar um tiro penal, se concederá um gol se, antes de passar entre os postes e abaixo do travessão:
• a bola tocar um ou ambos os postes, ou o travessão ou o goleiro.
Contravenções/Sanções:
Se o árbitro dá o sinal de executar o tiro penal e, antes que a bola esteja em jogo, ocorre uma das seguintes situações:
O executor do tiro infringe as regras de jogo:
• o árbitro permitirá que continue a jogada;
• se a bala entra na meta, se repetirá o tiro;
• se a bola não entra na meta, não se repetirá o tiro.
O goleiro infringe as Regras de jogo:
• o árbitro permitirá que continue a jogada;
• se a bola entra na meta, se concederá um gol;
• se a bola não entra na meta, se repetirá o tiro.
Um companheiro do executor do tiro penetra na área penal ou se coloca diante do ponto penal ou a menos de 9,15m do mesmo:
• o árbitro permitirá que continue a jogada;
• se a bola entra na meta, se repetirá o tiro;
• se a bola não entra na meta, não se repetirá o tiro;
• se a bola rebota no goleiro, no travessão ou em um poste de meta e é tocada por este jogador, o árbitro interromperá a partida e a reiniciará com o tiro livre indireto a favor da equipe defensora.
Um companheiro do goleiro penetra na área penal ou se coloca diante do ponto penal ou a menos de 9,15m:
• o árbitro permitirá que continue a jogada;
• se a bola entra na meta, se concederá um gol;
• se a bola não entra na meta, se repetirá o tiro.
Um jogador da equipe defensora e um da equipe atacante infringem as Regras do jogo:
• tiro será repetido.
Se depois de que se tenha lançado um tiro penal:
O executor do tiro toca pela segunda vez a bola (exceto com suas mãos), antes que esta tenha tocado a outro jogador:
• será concedido tiro livre indireto à equipe contrária desde o lugar onde se cometeu a falta.
Se o executor tocar intencionalmente a bola com as mãos antes que ela tenha tocado a outro jogador:
• será concedido um tiro livre direto à equipe contrária desde o lugar onde se cometeu a falta.
A bola toca qualquer outro objeto no momento em que se move para frente:
• o tiro será repetido.
A bola rebota ao campo de jogo do goleiro, do travessão osu dos postes, e toca logo depois em qualquer outro objeto:
• o árbitro interromperá o jogo;
• o jogo se reiniciará com a bola ao chão desde o lugar onde tocou o objeto.

REGRA 15 - O ARREMESSO LATERAL

O arremesso lateral é uma forma de reiniciar o jogo.
Não se poderá consignar um gol diretamente de um arremesso lateral.
Será concedido arremesso lateral:
• quando a bola tiver ultrapassado em sua totalidade a linha lateral, seja por terra ou pelo ar;
• desde o ponto por onde ultrapassou a linha lateral;
• aos adversários do jogador que tocou por último na bola.
Procedimento:
No momento de lançar a bola, o executor deverá:
• estar de frente para o campo de jogo;
• ter uma parte de ambos os pes sobre a linha lateral ou no exterior da mesma;
• servir-se de ambas as mãos;
• lançar a bola desde de trás e por cima da cabeça.
O executor do arremesso lateral não poderá voltar a jogar a bola até que esta não tenha tocado a outro jogador.
A bola estará em jogo tão logo tenha entrado no campo de jogo.
Contravenções/Sanções:
Arremesso lateral executado por qualquer jogador, exceto o goleiro.
Se a bola estiver em jogo e o executor do arremesso toca pela segunda vez a bola (exceto com as mãos) antes que esta tenha tocado a outro jogador:
• será concedido um tiro livre indireto à equipe contrária desde o lugar onde se cometeu a falta.
Se a bola está em jogo e o executor do arremesso toca intencionalmente a bola com as mãos antes que esta tenha tocado a outro jogador:
• será concedido um tiro livre direto à equipe contrária, desde o lugar onde se cometeu a falta;
• será concedido um tiro penal se a falta for cometida dentro da área penal do executor.
Arremesso lateral lançado pelo goleiro:
Se a bola está em jogo e o goleiro tocá-la pela segunda vez (exceto com a mãos) antes que esta tenha tocado a outro jogador:
• será concedido um tiro livre indireto à equipe contrária desde o lugar onde se cometeu a falta.
Se a bola está em jogo e o goleiro toca intencionalmente a bola com a mão antes que esta tenha tocado outro jogador:
• será concedido um tiro livre direto à equipe contrária, se a falta ocorreu fora da área penal do goleiro e o tiro será lançado desde o lugar onde a falta foi cometida;
• será concedido um tiro livre indireto à equipe contrária se a falta ocorreu dentro da área penal do goleiro e o tiro será lançado desde o lugar onde a falta foi cometida.
Se um adversário distrai ou estorva de forma incorreta o executor do arremesso:
• será advertido por conduta antiesportiva e receberá o cartão amarelo.
Para qualquer outra contravenção à Regra:
• arremesso lateral será executado por um jogador da equipe contrária.

REGRA 16 - O TIRO DE META

O tiro de meta é uma forma de reiniciar o jogo.
Um gol pode ser anotado diretamente de um tiro de meta, porém somente contra a equipe adversária.
Se concederá um tiro de meta quando:
• a bola tenha ultrapassada em sua totalidade a linha de meta, seja por terra ou pelo ar, depois de haver tocado por último um jogador da equipe atacante, e não tenha marcado um gol conforme a Regra 10.
Procedimento:
• a bola será lançada desde qualquer ponto da área de meta por um jogador da equipe defensora;
• os adversários deverão permanecer fora da área penal até que a bola esteja em jogo;
• o executor do tiro não poderá voltar a jogar a bola até que esta não tenha tocado a outro jogador;
• a bola estará em jogo quando tenha sido lançada diretamente fora da área penal.
Contravenções/Sanções:
Se a bola não for lançada diretamente fora da área penal:
• o tiro de meta será repetido;
Tiro de meta executado por qualquer jogador, exceto o goleiro:
Se a bola está em jogo e o executor do tiro toca pela segunda vez a bola (exceto com as mãos), antes que esta tenha tocado a outro jogador:
• será concedido tiro livre indireto à equipe contrária desde o lugar onde a falta foi cometida;
Se a bola está em jogo e o executor do tiro tocá-la intencionalmente com as mãos antes deste ter tocado a outro jogador:
• será concedido tiro livre direto à equipe contrária, desde o lugar onde a falta foi cometida;
• será concedido um tiro penal se a falta foi cometida dentro da área penal do executor.
Tiro de meta lançado pelo goleiro:
Se a bola está em jogo e o goleiro toca pela segunda vez a bola (exceto com suas mãos) antes que esta tenha tocado a outro jogador:
• será concedido um tiro livre indireto à equipe contrária desde o lugar onde a falta foi cometida.
Se a bola está em jogo e o goleiro toca intencionalmente a bola com a mão antes que esta tenha tocado a outro jogador:
• será concedido um tiro livre direto à equipe contrária se a falta ocorreu fora da área penal do goleiro, e o tiro será lançado desde o lugar onde a falta foi cometida;
• será concedido um tiro livre indireto à equipe contrária se a falta ocorreu dentro da área penal do goleiro, e o tiro será lançado desde o lugar onde a falta foi cometida.
Para qualquer outra infração à Regra:
• o tiro de meta será repetido.

REGRA 17 - O TIRO DE CANTO

O tiro de canto é uma forma de reiniciar o jogo.
Se poderá anotar um gol diretamente de um tiro de canto, porém somente contra a equipe contrária.
Será concedido um tiro de canto quando:
• a bola tiver ultrapassado na sua totalidade a linha de meta, seja por terra ou pelo ar, depois de haver tocado por último em um jogador da equipe defensora, e não tenha sido marcado um gol, conforme a Regra 10.
Procedimento:
• a bola será colocada no interior do quadrante da bandeirinha de córner que estiver mais próxima;
• não se deverá tirar bandeirinha de corner;
• os adversários deverão permanecer a um mínimo de 9,15m da bola até que esta esteja em jogo;
• a bola será lançada por um jogador da equipe atacante;
• a bola estará em jogo no momento em que é chutada e se põe em movimento;
• o executor do tiro não deverá jogar a bola pela segunda vez até que esta não tenha tocado em outro jogador.
Contravenções/Sanções:
O tiro de canto será executado por qualquer jogador, exceto o goleiro.
Se a bola está em jogo e o executor do tiro toca a bola pela segunda vez (exceto com as mãos) antes de que esta tenha tocado a outro jogador:
• será concedido um tiro livre indireto à equipe contrária desde o lugar onde a falta foi cometida.
Se a bola está em jogo e o executor do tiro toca intencionalmente a bola com as mãos antes que esta tenha tocado a outro jogador:
• será concedido um tiro livre direto à equipe contrária desde o lugar onde a infração foi cometida;
• será concedido um tiro penal se a falta foi cometida dentro da área penal do executor.
Tiro de canto executado pelo goleiro
Se a bola está em jogo e o goleiro toca pela segunda vez a bola (exceto com suas mãos) antes que esta tenha tocado a outro jogador:
• será concedido um tiro livre indireto à equipe contrária desde o lugar onde a falta foi cometida.
Se a bola está em jogo e o goleiro toca intencionalmente a bola com as mãos antes que esta tenha tocado a outro jogador:
• será concedido um tiro livre direto à equipe contrária se a falta ocorreu fora da área penal do goleiro e o tiro será lançado desde o lugar onde a falta foi cometida;
• será concedido um tiro livre indireto à equipe contrária se a falta ocorreu dentro da área penal do goleiro, e o tiro será lançado desde o lugar onde a falta foi cometida.
Para qualquer outra contravenção à regra:
• o tiro será repetido.

OBSERVAÇÃO: É normal um árbitro desonesto ou desconhecedor das regras, usar o que muitos chamam de "regra 18", ou seja, uma regra "criada" por ele mesmo para prejudicar esta ou aquela equipe. Isso vemos com muita frequência no futebol brasileiro. Há quem prefira dizer que "o árbitro inventou uma falta", quando esta não existiu.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

ENCONTREI O FILHO QUE PENSAVA TER PERDIDO!

UM REENCONTRO TEMPERADO COM ALEGRIAS E EMOÇÔES!

Revolta-me ver pais negando a paternidade àqueles a quem deveriam dedicar todo o seu carinho, todo o seu amor, todo o seu afeto. Negar a paternidade, na minha concepção, não passa de um ato de covardia.
Eu tive uma paixão por uma jovem e dessa paixão nasceu uma criança, que recebeu o nome de Enoque e que foi entregue, pela própria mãe, a um casal. Soube da gravidez daquela minha paixão através de uma amiga nossa. Procurado pelos pais adotivos do meu filho, prometi-lhe guardar o segredo da adoção “a sete chaves”. Não foi fácil para mim ficar sem ter o direito de abraçar e beijar o meu filho. Promessa é promessa e eu tinha que cumpri-la.
Os anos passaram. Não resistindo a dor da separação do meu filho, resolvi quebrar a promessa e passei a procurá-lo. Foram muitas as tentativas, sem nenhum sucesso. A criança cresceu sem o carinho verdadeiro do pai distante e desconhecido.
Em 1989, voltei a Patos para trabalhar na Rádio Itatiunga. Era mais uma esperança de encontrar o Enoque. Nada feito. Para mim, as esperanças já haviam esgotado. Eu o havia visto pela última vez aos sete anos de idade. O tempo passou e lá se foram 34 anos.
O mundo ficou muito pequeno depois do advento da Internet. Tão pequeno ficou o mundo que, para minha surpresa, recebi o e-mail seguinte:
Allan Vyctor
euallann@gmail.com
Para adalbertoclaudino@hotmail.com
De: Allan Xavier (euallann@gmail.com)
Enviada: sábado, 23 de abril de 2011 18:34:35
Para: adalbertoclaudino@hotmail.com
Olá, me chamo Allan Vyctor Araujo Xavier e descobri hoje que sou seu neto.. O senhor deve se lembrar de Ruth de Sá, ela me afirmou hoje que o senhor era pai de Enoque, meu pai. Queria saber do senhor, meu avô, se for recíproco, responda meu e-mail.
Calcular a minha alegria é algo impossível até para o mais famoso matemático. Não pensei duas vezes para responder àquele “anjo” chamado Allan, agora plenamente reconhecido como meu neto. Imediatamente, mandei a seguinte resposta:
Meu querido Allan Vyctor! Depois de receber o seu e-mail, fiquei pensando se deveria contar para você parte da história que culminou com o nascimento de seu pai, ou se deveria permanecer no silêncio. Cheguei à conclusão de que você precisaria saber a verdade. Lá para o final da década de 60, eu era Secretário da Cruzada ABC, um programa social mantido pelos Estados Unidos da América do Norte, com o objetivo de ajudar os estudantes das escolas localizadas nas zonas rurais. Eram distribuídos feijão, arroz, fubá e óleo comestível. Foi nessa época que conheci a Ruth, que também trabalhava na mesma Cruzada. Nossa convivência fez com que nos apaixonássemos um pelo outro. Foi uma paixão muito forte. A Ruth era uma jovem linda, charmosa e bastante atraente. Uma pessoa extraordinária. Nosso relacionamento foi além dos limites. Um dia, uma amiga da Ruth, cujo nome não lembro, pois só sei que ela morava no Bairro da Liberdade, procurou-me para dizer que a Ruth estava grávida. Eu a amava muito, mas já era casado e tinha três ou quatro filhos. Para mim, seria uma injustiça abandonar as crianças. Cheguei a pensar em ir embora com Ruth e a criança, para vivermos nossa vida longe de tudo e de todos. Sei que errei em permitir que ela entregasse o nosso filho, o Enoque, a pessoas estranhas. Certo dia, fui chamado pelo casal que adotara o Enoque. Eles me pediram até pelo amor de Deus, que eu não revelasse ser o pai da criança. Eu prometi, mas sempre ia comprar verduras e frutas na banca do casal (fora do mercado modelo de Patos), só para ver meu filho. Sentia vontade de abraçá-lo, beijá-lo e gritar em alta voz: - VOCÊ É MEU FILHO E EU SOU SEU PAI!!! Porém me esforçava para cumprir a promessa feita. Os anos passaram, mas a vontade de ver meu filho passou a ser uma tortura. Soube que a Ruth havia se casado com o administrador de uma fazenda (não sei se foi verdade). Isso me deixou mais tranquilo, pois se ela estava feliz, para mim era motivo de felicidade. Nunca esqueci meu filho Enoque. Quando eu fui para Patos, em 1989, trabalhar na Rádio Itatiunga, sempre perguntava aos amigos se eles conheciam alguém por nome de Enoque. Eu estava disposto a descumprir a promessa e revelar-lhe o segredo. Mas nunca tive notícias dele e, muito menos da Ruth. Hoje, depois de receber o seu e-mail, agradeci a Deus por ter ouvido o meu pedido. Eu sempre implorava a Deus que me mostrasse um jeito de me aproximar do meu filho e vejo em você, meu neto, esta "ponte" para levar-me ao filho que eu tanto amo, mas que as circunstâncias nos separaram. Faça isso para mim. Diga ao seu pai que eu o amo muito e que o quero como meu verdadeiro filho. Espero ter deixado você a par da nossa história, embora de forma bem resumida. Um forte e carinhoso abraço.

Do teu avô Adalberto.

A partir daí, nossa comunicação passou a ser freqüente. Eu precisava, agora mais que nunca, ver o meu filho. Agora sim, poderia abraçá-lo, beijá-lo e dizer o quanto eu era feliz ao reencontrá-lo depois de 34 anos. A resposta do meu neto Allan deixou-me ainda mais confiante de ser bem recebido por todos. Afinal, eu já sabia que tinha mais 6 netos (Alany, Allan, Arthur, Thamires, Ian e Edvaldo Angelino):

Meu avô (Adalberto),
Muito feliz em saber que tenho um avô, um antepassado, um referencial, um segundo pai. Acho a história que o senhor me contou muito linda e interessante, quase inacreditável, mas pelas suas palavras e por pressupor e perceber seu caráter creio muito nelas. Espero que tenha sido realmente a 'ponte' para o encontro entre o senhor e meu pai, torço muito pra isso.
Bom, meu avô, eu não tenho muito tempo pra escrever uma carta completa ou coisa maior, sou estudando de filosofia da ufpb, ou seja, só tenho tempo pra comer e orar (olhe a hora em que escrevi esse e-mail), estou morando sozinho em João Pessoa, Enoque e Damiana (minha mãe) moram em Patos. Mas no fim de semana te escrevo mais. Me conte mais sobre sua vida se puder, sua faculdade de letras (agora eu sei de onde veio minha vocação para a área de humanas), sua vida de radialista, se o senhor pretende ver meu pai, ou se pretende me conhecer pessoalmente.
Eu vi o e-mail que o senhor mandou pra meu pai, desculpe se ele escreveu meio durão, mas esse é o jeito dele, puxou a avó Ruth, eu acho, mas pelo que ele tem me falado por telefone tem interesse em conhecer o senhor mesmo.
Pra constar, me chama Allan Vyctor Araujo Xavier, tenho 18 anos, estudante de filosofia, Cristão-protestante, também da Igreja Presbiteriana, só que Independente e de Patos, gosto de poesia, de boa leitura, toco violão e AMO MEU SENHOR DEUS.
A única foto que tenho aqui é uma ou outra com minha namorada, vou lhe enviar.

Do seu querido neto, Allan.
QUE O ALTÍSSIMO ESTEJA COM O SENHOR.

Até meu neto Arthur, de 14 anos, resolveu seguir o exemplo do irmão Allan e mandou-me um e-mail, deixando bastante emocionado:

Oi, meu nome é Arthur. Sou o filho do meio de Enoque, tenho 14 anos de idade ,estou fazendo o primeiro ano do ensino médio ,e pretendo ser fazer a faculdade de direito, pretendo ser um brilhante advogado! Eu vou completar 15 anos em 1º de junho e o meu maior presente vai ser conhecer o Sr. espero com muita ânsia. Tenho em irmão chamado Ian, de 10 anos que mora comigo. Eu e ele somos frutos do 2 relacionamento do meu pai.
Sou evangélico (da igreja Sara Nossa Terra) aqui de Patos e o meu irmão esta começando a entrar no caminho Divino dos céus.Esse é só um trechinho da minha vida. Aguardo sua vinda. Arthur.

Enfim, o Enoque resolveu se pronunciar. Reconheço a sua situação diante de tudo aquilo que o passado lhe havia reservado, inclusive as incertezas que sempre falaram mais alto ao seu coração. E isso ficou demonstrado na sua primeira oportunidade de se dirigir à minha pessoa:

Caro Adalberto

Desculpe não chamá-lo de Pai nesse nosso primeiro contato em 41 anos. Gostaria muito de esclarecer de uma vez por todas a minha origem. Li sua carta enviada para seu neto Allan; através dele estou tendo essa oportunidade, de escrever para o Sr. confesso que nesses últimos anos não tinha interesse em saber a verdade sobre o meu passado ou origem se preferir Em relação ao meu Pai Biológico, mas agora quero conhecê-lo, não me interessa os motivos que o levou a não assumir essa Paternidade, como também as suas condições financeiras ou conjugal para uma aproximação que espero começar a partir de hoje. Uso essas palavras pois não sei como será a reação de sua família em relação a este repentino episodio das nossas vidas.

Agora deixe me apresentar:

Fui registrado com o nome civil de Edvaldo Oliveira Xavier mas sou conhecido como "Enoque" tenho 41 anos de idade. Trabalho no ramo de transporte de passageiros; Sou encarregado a Expresso Guanabara em Patos. Tenho seis filhos (Seus Netos) por ordem de nascimento são: Alany 19 anos , Allan 18 anos Thamires 16 anos Arthur 15 anos Ian 10 anos e Edvaldo Angelino de 1,5 anos. Em breve estarei enviando fotos dos mesmo para o Sr. ver como são todos lindos!!
Agora gostaria que o Sr. respondesse essa carta com um pouco da sua historia, como por exemplo quantos irmãos eu tenho, quantos sobrinhos.
Como estou usando uma ferramenta de trabalho não vou me alongar muito, fico no aguardo de sua resposta, e esperando nunca mais perder contato com o Sr. não estranhe ter ficado um texto formal, só o tempo vai nos deixar íntimos, como pai e filho.
Edvaldo O. Xavier (Enoque)
Bem, deixando o passado apenas nas vagas lembranças, é chegada a hora de mostrar alguns momentos do nosso tão desejado encontro em Patos, nos dias 15 e 16 de julho de 2011:




segunda-feira, 13 de junho de 2011

O LATIM CONTINUA VIVO!!!

LATIM: UMA LÍNGUA MORTA? POR QUÊ?

Ouvir de alguns mestres da língua Portuguesa que a Língua Latina é uma língua morta, deixa-me apreensivo, não pelo fato de tê-los como “perseguidores” da importância que ela representa para todos nós, mas, sobretudo pela falta de reconhecimento a tudo aquilo que o Latim representa para o perfeito e mais profundo conhecimento morfológico, além do respeito por quem ainda é lembrado no nosso dia-a-dia.
Talvez os professores de Língua Portuguesa, preocupados com a importância de levar aos seus alunos conhecimentos necessários para os milhares de concursos públicos e vestibulares, não se tenham dado ao luxo de refletirem cuidadosamente sobre o verdadeiro estudo da nossa MORFOLOGIA, ou seja, do estudo da estrutura e formação das palavras.
Se fizermos uma pesquisa entre os mais dedicados alunos da nossa língua mater, talvez sejamos decepcionados em saber que eles desconhecem a origem, por exemplo, da palavra AGRICULTURA. Talvez não saibam eles que esta palavra é formada pelo prefixo latino AGRI, que significa campo, somado à palavra CULTURA = cultivo, ou seja, a palavra agricultura é o cultivo do campo.
Como pode uma língua estar morta, quando ela se faz presente em milhares de palavra, seja como PREFIXO, seja como SUFIXO? É fácil saber que a palavra FRATERNIDADE (do latim fraternitas, ou fraternitatis) é um substantivo, comum, feminino, singular; que ela é polissílaba, por ter mais de quatro sílabas e que é abstrata. Mas precisamos saber que ela é formada pelo prefixo FRATER (irmão) e que é originária do latim FRATERNITAS e que significa laço de parentesco entre irmãos.
Se recorrermos à Gramática Normativa da Língua Portuguesa, descobriremos que existem, pelo menos 42 radicais latinos e 60 prefixos latinos que, juntos, totalizam milhares de palavras, todas elas essenciais na formação de frases usadas nas mais diversas ocasiões. Isso sem levar em consideração os mais de 90 radicais gregos. Ou seja, a Língua Portuguesa não existiria sem a presença do Latim.
Para dar mais ênfase ao que temos colocado aqui, consideremos que “os sufixos da Língua Portuguesa possuem origem variada. Predominam, no entanto, os de origem grega ou latina,” Podemos ir mais além com a afirmativa de que “a grande maioria das palavras da Língua Portuguesa vem do LATIM, falado na Europa medieval e no antigo Império Romano, ou do grego antigo.”(veja o estudo da Morfologia).
E aí??? Diante do que vimos, como admitir que o Latim é uma língua morta? Qual a explicação lógica e convincente para esta afirmativa?
O que é, realmente, América Latina? Parece-nos que se trata de uma região da América onde são faladas primordialmente línguas românticas, ou seja, derivadas do LATIM, particularmente o Espanhol e o Português. Precisamos lembrar que a América Latina tem uma área aproximada de 21.069.501 km2, o que representa em torno de 3,9% da superfície terrestre. Vamos mais além na informação, mostrando que a América Latina tem uma população estimada em torno dos 569 milhões de habitantes.
Faz-se necessário lembrar que a América Latina envolve a América do Sul e Central, com algumas exceções, mas com uma totalidade de 20 países e 11 territórios, que ainda não conquistaram suas respectivas independências.
Somos um país neolatino? Se o somos, estamos inclusos no rol dos que se utilizam de um idioma proveniente daqueles que “se originaram a partir da evolução do Latim, especificamente do Latim Vulgar, falado pelas classes populares.” Fazemos parte, portanto, do grupo de países dependentes do Latim. Caminhamos lado a lado com o Espanhol, o Italiano, o Francês, o Romeno e o Catalão.
Mesmo assim, ainda é o Latim uma língua morta??? Precisamos rever esta tese defendida por estudiosos da Língua Portuguesa que, segundo os dados aqui citados, não condizem com uma realidade que está exposta para a reflexão de cada professor e de todos os estudantes interessados em conhecer melhor a sua língua.
Talvez seja esta uma missão impossível por ter que envolver um “universo” de interesses lingüísticos. Eu, no entanto, não fujo desta minha convicção: O LATIM ESTÁ VIVO e representa em muito a beleza do nosso idioma. Se quisermos “sepultar” o Latim, que criemos uma língua própria, eliminando todo e qualquer uso de prefixos e radicais latinos.
Isto não parece algo impossível, diante das muitas reformas feitas pelos “doutores” da língua (sem uma consulta popular), inclusive a mais recente que, de uma forma ou de outra, veio complicar a vida de quem já não via o nosso idioma como algo fácil de ser entendido e compreendido.
Se estar vivo é estar em evidência em determinados países, por que se imortalizam homens e fatos que só existem em nossas parcas lembranças? A Língua Latina será sempre imortalizada, a partir do momento em que se torna presente no nosso cotidiano.
Eu posso até estar sendo mal entendido. No entanto, de uma convicção eu não me afasto: a de que ao pronunciarmos palavras como HABEAS-CORPUS, PER CAPITA, ET CETERA (etc.), VEREDICTO (vere dictum), DURA LEX SED LEX (a lei é dura, mas é lei), LATUS CENSOS, VADEMECUM, DATA VENIA, entre milhares de outras usadas com muita freqüência, estamos provando que o Latim está vivo.
Só um pequeno lembrete: quando você pronunciar as palavras MÃE (mater), PAI (pater), FILHO (filius) e FAMÍLIA (família), fique sabendo que elas são todas derivadas do Latim. E mais ainda: se você tem uma religião, é porque os latinos criaram a palavra RELIGIO ou RELIGIONIS.
Depois de tudo isso e com tantas justificativas inquestionáveis, você deve concordar comigo, pelo menos em um ponto: somos um povo ingrato ao assassinarmos uma língua que nos deu o direito e o orgulho de sermos a “ÚLTIMA FLOR DO LÁCIO, INCULTA E BELA” (livro “Poesias”), como disse muito bem o poeta parnasiano Olavo Bilac.
Concordem ou não, o Latim continua vivinho e sem ele a Língua Portuguesa deixaria de existir, ou não seria tão bela como parece. Aliás, nunca os doutores da língua se preocuparam em defender uma língua própria para nós os brasileiros que, num saudosismo profundo, continuamos sendo PORTUGUESES.
Tenho dito!

AGORA, QUE TAL UMAS AULAS DE LATIM?

LIÇÃO 01

ESTUDO DIRIGIDO DA LÍNGUA LATINA
PARTE INTRODUTÓRIA:
         Esta parte introdutória é apenas para que tenhamos um conhecimento básico da língua que vamos estudar.
          A língua latina remonta do século VII a.C., indo até o século V d.C. Vale salientar que, historicamente, o latim perdura do período que vai da fundação de Roma, em 753 a.C., até a queda do Império Romano do Ocidente, em 476 d.C.
          O latim originou-se do “Latium”, uma região central da Itália, sendo falado pelos humildes pastores e por rústicos agricultores. Ele foi absorvendo os demais falares itálicos, chegando a tornar-se a língua nacional de todo o Império Romano, embora não chegasse a ser uma língua rigorosamente uniforme em todo o país.
          Historicamente, o latim, assim como todas, ou a maioria das línguas, tem a sua história. O chamado Período Proto-histórico, vai do século VII até 240 a.C., com o surgimento dos primeiros documentos da língua. O Período Arcaico vai de 240 a.C. até o ano 81 a.C., com o surgimento dos textos literários e os textos epigráficos.
          O Período Clássico começa no ano 81 a.C. e vai até o ano 17 p.C.. É o chamado Século de Cícero, quando a prosa atinge a sua perfeição com Cícero e Cesar. Esse período envolve ainda  o Século de Augusto, quando a poesia chega à sua perfeição com Vergílio, Horácio e Ovídio.
          Depois, vem o Período Pós-Clássico, que começa no ano 17 p.C. e vai até o século V. No século I e início do, século II, surgem numerosos poetas e prosadores. Mas eles não são originários da Itália. Já do século II até o século V, sente-se uma acentuada interferência da língua corrente, na língua literária.
       Havia uma certa diferença na pronúncia entre o latim clássico e o latim vulgar:
       O CLÁSSICO      O VULGAR
       Álacrem                Alácre            >     Alegre
       Cáthedram            Cathédra       >     Cadeira
       Pónere                   Ponére          >     Pôr
       Condúcere             Conducére    >     Conduzir
       O Latim foi levado pelos romanos até a Península Ibérica, ou Hispânica. Nada se sabe sobre os povos que ali habitavam.
       Sabe-se apenas que se tratavam de iberos, celtas, fenícios, gregos e cartagineses. Também se sabe que muitos séculos antes de Cristo, a Península era habitada pelos Iberos, um povo agrícola e pacífico.
        A Península foi invadida, no século VI a.C., pelos Celtas, um povo turbulento e guerreiro. Ele se mesclaram com os Iberos, dando origem aos povos Celtiberos.
        Os tempos passaram e os Fenícios, os Gregos e os Cartagineses estabeleceram colônias comerciais em vários pontos da Península.
        As coisas mudaram quando os Cartagineses tentaram se apoderar  totalmente da Península, levando os Celtiberos a pedir socorro aos romanos que, no século III a.C., invadiram a Península.
        Mas não foi o Latim visto nas obras dos grandes escritores latinos como Cícero, César, Horácio, entre outros (o clássico), que chegou à Península, mas o Latim usado pelo povo (o vulgar).
        No entanto, algumas povoações receberam diretamente a influência dos árabes que, vindos da parte da África, no século VIII, tentaram impor sua língua. Chegaram até a formar os moçárabes (misto árabe), mas sem muito sucesso.
        Cerca de mil vocábulos de origem árabe ainda existem na língua portuguesa. Eles se caracterizam, de um modo geral, pelo prefixo AL (artigo definido árabe), como exemplo, podemos citar: álgebra – algibeira – álcool – alcatifa – alface – algarismo – alfazema – alcachôfra – almofada – alfafa – alfinete – algema – algodão – alqueire – etc.
        A partir do século XV, a Língua Portuguesa é levada às regiões conquistadas, estendendo o seu domínio geográfico.
          Existiam, em Roma,  duas modalidades  acentuadamente distintas: o Latim Clássico, (conhecido como SERMO URBANUS, mais usado nas escolas ou Academias), e o Latim Vulgar, (conhecido como SERMO VULGARIS, sem se preocupar com as exigências gramaticais).
          Não podemos esquecer de outras modalidades desta preciosa língua: O BAIXO LATIM, falado pelos padres da Igreja da Idade Média, que se preocupavam com a formação moral de suas ovelhas; e o LATIM BÁRBARO, conhecido como o Latim dos copistas da Idade Média. Era um latim mesclado de vocábulos romances e provinciais.
          E qual a diferença entre o latim clássico e o vulgar? Esta, certamente, seria uma pergunta inevitável.  Pois bem!
          I - A primeira grande diferença a ser vista está justamente na fonética. Entre o povo, havia uma tendência geral de evitar os vocábulos proparoxítonos, transformando-os em paroxítonos. Por exemplo: a palavra ALEGRE era pronunciada no clássico ÁLACREM, enquanto no vulgar se pronunciava ALÁCRE; a palavra CADEIRA era CÁTHEDRAM, no latim clássico, e CATHÉDRA, no vulgar.
         II - Outra diferença era notada no Léxico, havendo a predominância de uso de vocábulos mais populares e afetivos com sufixos diminutivos, como podemos ver nos exemplos seguintes:
a)   A palavra IGNIS, que significa fogo, foi substituída por FOCU, com sentido de “fogo doméstico”, lar.
b)   A palavra AURIS, que significa orelha, foi substituída pela forma diminutiva AURÍCULA.
c)   A palavra EQUUS, que no latim clássico significava cavalo, foi substituído por CABALLU, que designava animal de trabalho e que tinha um certo cunho pejorativo.
d)   A palavra GENU (joelho), foi substituída por GENUCULU, transformando-se em GEOLHO, no português arcaico.
         III - Nota-se outra diferença entre o latim clássico e o vulgar, considerando-se a parte morfológica, havendo uma tendência para o uso de formas analíticas, conforme podemos ver a seguir:
a)   Enquanto no latim clássico se dizia LIBER, no latim vulgar usava-se ILLU ou LIBRU (o livro), ou UNU LIBRU (um livro)
b)   Encontramos uma diferença no uso das formas analíticas na voz passiva dos verbos. Por exemplo, o Presente do Indicativo passivo de AMARE (amar), era, no latim clássico, AMOR, enquanto no latim vulgar dizia-se AMATUS SUM (sou amado).
c)   Há ainda uma diferença, considerando-se  o uso das formas analíticas para os graus dos adjetivos. No latim literário, por exemplo,  ao comparativos e os superlativos eram formado de maneira sintética, ou seja, por sufixos. Assim, enquanto no latim clássico se dizia DULCIOR, enquanto que no vulgar dizia-se MAGIS ou PLUS DULCE (muito doce). A forma Magis teve predominância na Península Ibérica. Naturalmente, o superlativo seria DULCÍSSIMUS no latim clássico, enquanto no latim vulgar seria usado MULTU DULCE (muito doce), na sua forma analítica.
          IV – Há também diferença na sintaxe, ou seja, enquanto no latim clássico a função sintática das palavras na frase   era exprimida através  de desinências conhecidas como CASOS (veremos mais na frente), no latim vulgar procurava-se eliminá-las, evidenciando as relações entre as palavras por meio de preposições. Considerando a palavra LIVRO como sujeito (o livro), teríamos, no latim clássico LÍBER (nominativo), e no latim vulgar ILLU ou UNU LIBRU.
          No período clássico, o alfabeto latino contava vinte e três (23) letras: A-B-C-D-E-F-G-H-I-K-L-M-N-O-P-Q-R-S-T-U-X-Y-Z.
          Vale a pena lembrar que as letras Y e Z só apareciam em transcrições de palavras gregas. Por isso, muitos não as consideravam como letras latinas.
          Outro registro que queremos fazer é referente às vogais latinas: A-E-I-O-U. Elas são pronunciadas como em português. Já o Y tem o som aproximado ao U francês (tem um som entre o I e o próprio U, com o tradicional “biquinho” francês).
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LIÇÃO 01
          Durante a evolução do Latim para o Português vamos encontrar algumas alterações, que serão chamadas de METAPLASMOS. Lembramos que estas alterações são apenas fonéticas, com as palavras conservando seu significado. Esses Metaplasmos aparecem de quatro maneiras distintas:
a)   Por aumento (prótese, epêntese e paragoge);
b)   Por supressão (aférese, síncope, apócope e crase);
c)   Por transposição (metátese, hipértese, sístole e diástole);
d)   Por transformação (vocalização, consonantização, nasalização, assimilação, dissimilação, sonorização, palatização, assibilação, ditongação, redução, apofonia e metafonia).
Vejamos alguns exemplos:
Metaplasmos por Aumento
a)   Aumento por prótese: Stare  >  estar; Spiritu  >  espírito; Scutu  >  escudo.
b)   Aumento por epêntese: Stella  >  estrela; Humile  >  humilde; umeru  >  ombro.
c)   Aumento por paragoge: Ante  >  antes.
          Metaplasmos por Supressão
a)   Por aférese: Acume  >  gume; Attonitu  >  tonto; Episcopu  >  bispo; Horologiu > orologio > relógio; Apoteca > abodega > bodega.
b)   Por síncope: Legale  >  leal; Legenda  >  lenda;. Malu  >  mau; Bondadoso > bondoso; Tragicocomédia > tragicomédia; Formicicida  > formicida.
c)   Por apócope: Mare  >  mar; Amat  >  ama; Male  >  mal.
d)   Por crase: Pede > pee > pé; Colore > coor > cor; Nudu > nuu > nu; Outra+hora > outrora; De+este > deste; De+intro > dentro.
Metaplasmos por Transposição
a)   Por metátese: Pro  >  por; Semper  >  sempre; Inter  >  entre.
b)   Por hipértese: Capio  >  caibo; Primariu > primairo > primeiro; Fenestra > festra > fresta.
c)   Por sístole: Pantânu  >  pântano; Campâna  >  campa; Idólu  >  ídolo.
d)   Por diástole: Límite  >  limite; Pônere  >  ponere; Tênebra  >  tenebra.
Metaplasmos por Transformação
a)   Por vocalização: Nocte  >  noite; Regnu  >  reino; Multu  >  muito.
b)   Por consonantização: Iam  >  já; Iesus  >  Jesus; Uita  >  vida; Uacca  >  vaca.
c)   Por nasalização: Nec  >  nem; Mihi  > mim; Bonu  >  bom.
d)   Por desnasalização: Luna > lua > lua; Bona > bõa > boa; Ponere > põer > por.
e)   Por assimilação: Ipsu  >  isso; Persona > pessoa; Mirabilia > maravilha; Per+lo > pello > pelo; Auru > ouro; Lacte > laite > leite; Assibilare > assibiar > assobiar; Amam-lo > amam-no; Nostro > nosso; Persicu > pêssego; Captare > cattar > catar; Ipsa > essa.
f)     Por dissimilação: Liliu  >  lírio; Memorare > membrar > lembrar; Rotundo > rodondo > redondo; Aratru > arado; Cribru > crivo; Rostru > rosto.
g)   Por sonorização: Capio > caibo; Lupu > lobo; Sapui > soube; Civitate > cidade; Maritu > marido; Pacare > pagar; Aqua > água; Amicu > amigo; Aquila > águia; Vicinu > vizinho; Facere > fazer; Profectu > proveito; caballu > cavalo; Populu > pobo > povo.
h)   Por palatização: Vinea > vinha; Aranea > aranha; Seniore > senhor; Juniu > junho / Palea > palha; Folia > folha; Juliu > julho / Video > vejo; Hodie > hoje; Invidia > inveja / Pluvia > chuva; Implere > encher; Clave > chave; Flama > chama; Inflare > inchar / Oculu > oclo > olho; Apicula > apecla > abelha; Tegula > tegla > telha; Scopulu > scoplo > escolho / Pisce > peixe; Passione > paixão; Miscere > mexer; Russeu > roxo / Cerevisia > cerveja; Basiu > beijo; Ecclesia > igreja.
i)      Por assibilação: Capitia > cabeça; >Lentiu > lenço; Belitia > beleza; Ratione   > razão (o T se pronuncia C ou Z)/  Audio > ouço; Ardeo > arço / Lancea > lança; Minacia > ameaça; Judiciu > juízo; Gallicia > Galiza.
j)      Por ditongação: Malo > mao > mau; Sto > estou; Do > dou; Arena > área > areia.
k)   Por redução: Fructo > Fruito (forma arcaica) > fruto; Lucta  > luita (forma arcaica) > luta; Auricula > orelha.
l)      Por apofonia: In+aptu > inepto; In+barba > imberbe; Sub+jactu > sujeito.
m)          Por metafonia: Debita > dívida; Tosso (verbo tossir) > tusso; Cobro (verbo cobrir) > cubro; Tepidu > tíbio.
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          No Latim temos seis casos, cada um deles com funções sintáticas distintas. Os seis casos são:
a)   NOMINATIVO, com a função sintática de Sujeito;
b)   VOCATIVO, com a função sintática do próprio Vocativo em português;
c)   GENITIVO, com a função sintática de Adjunto Adnominal Restritivo;
d)   DATIVO, com a função sintática de Objeto Indireto;
e)   ABLATIVO, com a função sintática de Adjunto Adverbial;
f)     ACUSATIVO, com a função sintática de Objeto Direto.
          É preciso observar que em Latim não se usa pronomes (singular ou plural), uma vez que a própria declinação já coloca o sujeito com seus respectivos complementos. Por exemplo:
         Puella est pulchra = A menina é bela
         Neste caso, Puella (menina) é o sujeito da oração e está no singular. Ora, se a palavra tem a função de sujeito, automaticamente ela está no Nominativo. Se está no Nominativo singular, sua terminação é A.
         Por outro lado, a palavra Pulchra (bela) é o adjunto Adnominal da oração e está concordando com MENINA, no singular. Logo, se ela é um Adjunto Adnominal, logicamente está no Genitivo. Se está no Genitivo singular, sua terminação é A.
          Vejamos, agora a mesma frase no plural:
          Puellae sunt pulchrae = As meninas são belas.
         Neste caso, a terminação do Nominativo Plural é AE. A mesma terminação vai para o Genitivo plural (AE).
          Bem! Você perguntaria: - Como vou saber a declinação
          Na primeira declinação, o Genitivo singular termina em AE.
          AS DECLINAÇÕES:
          Em Latim, existem cinco (5) Declinações.
          Todas as palavras que tem o GENITIVO singular em AE pertencem à Primeira Declinação. As desinências da 1ª Declinação são as seguintes:
          Nominativo singular   >   A            -         Nominativo plural   >   AE
          Vocativo singular        >  A            -          Vocativo plural        >  AE
          Genitivo singular        >  AE          -          Genitivo plural         >  ARUM
          Dativo singular           >  AE          -           Dativo plural            >  IS
          Ablativo singular       >  A             -           Ablativo plural        >  IS
          Acusativo singular   >  AM          -           Acusativo plural     >  AS
OBS.: Volte um pouco e dê uma lida nos casos e suas funções sintáticas, para que você entenda este caso com mais facilidade. Procure aprender bem os casos e as declinações.
A seguir, continuação desta aula com as outras declinações. Até lá!
FIM DA PRIMEIRA LIÇÃO
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LIÇÃO 02
          Dando sequência ao nosso estudo, vamos conhecer as desinências da 2ª Declinação, cujo Genitivo singular termina em I. logo, qualquer palavra que traga essa desinência no genitivo singular, pertence à 2ª Declinação, como podemos ver nos exemplos: ROMANUS – Romani / LIBER – Libre / VIR – Viri / BELLUM – Belli.
          Você deve ter notado nos exemplos algumas palavras com terminações diferentes. É que existem um grande número de palavras da 2ª declinação que fazem o seu Nominativo em US (romanus-i; dominus-i; servus-i, etc.0
          No entanto, existe um número menor de palavras,  cujos nominativos terminam em ER, mas que também pertencem à 2ª declinação. São exemplos as palavras LIBER-libri; AGER – agri; PUER – pueri, etc.
        Muitas palavras da língua portuguesa têm derivações prefixais latinas. Vejamos algumas:
        Ab+dicar (do latim abdicare) = renunciar;
        Ab+jurar (do latim abjurare) = jurar contra;
        Abs+ter (do latim abstinere) = privar de alguma coisa;
        Abs+trair (do latim abstrahere) = separar;
        A+versão (do latim aversio) = grande repugnância; antipatia;
        Ad+junto (do latim adjunctus) = próximo; unido;
        Ad+venticio (do latim adventicius = que vem de fora; estranho.
        VEJAMOS ALGUNS PREFIXOS LATINOS
        Ab > (Separação; afastamento) Ab+duzir (abducere) = desviar; afastar.
        Abs > (Separação; afastamento) Abs+conso (absconsus) = escondido; difícil de compreender;
        A > (Separação; afastamento) A+nimar (animare) = dar vida; dar ânimo;
        Ad > (Aproximação; direção) Ad+vogado (advocatus) = assistir, representar alguém;
        Ar > Ar+rebanhar (rapinare) = ajuntar; reunir;
        As > As+sentir (assentire) = consentir, concordar;
        Ante >  (Anterioridade) Ante+braço (ante+brachium) = parte entre o cotovelo e o pulso;
        Circum(n) > (Movimento em torno) Circun+vagar (circumvagare) = andar em torno; dar voltas;
        Cis > (a maioria do grego KIS) > (Posição aquém) Cis+terna (cisterna) = reservatório para água.
        OS RADICAIS LATINOS
        AGRI > ager, agri > campo > agri+culto (tura);
        AMBI >  ambo > ambos > ambi+destro;
        ARBORI > arbor, oris > árvore > arborí+cola;
        AVI > avis, avis > ave > avi+fauna;
        BIS/BI > bis > duas vezes > bis+avô/bí+pede;
        CALORI > calor, oris > calor > calorí+fero;
        CRUCI > crux, ucis > cruz > cuci+fixo;
        CURVI > curvus, a, um > curvo > curvi+líneo;
        EQUI > aequuos, a, um > igual > equi+distante;
        FERRI, O > ferrum, i > ferro > ferrí+fero / ferro+via;
        IGNI > ignis, is > fogo > igní+vomo (vomita fogo)
        LOCO > locus, i > lugar > loco+motiva;
        MORTI > mors, mortis > morte > mortí+fero;
        MULTI > multus, a, um > muito > multi+forme;
        OLEI/OLEO > oleum, i > azeite, óleo > oleí+geno/oleo+duto;
        ONI > omnis, e > todo > oni+potente / onis+ciente;
        PEDI > Pes, Pedis > pé > pedi+lúvio;
        PISCI > piscis, is > peixe > pisci+cultor;
        PLURI > plus, pluris > muitos, vários > pluri+forme;
        QUADRI/QUADRU > qualtuor > quatro > quadri+motor; quadrú+pede;
        RADIO > radius, ii > raio > radio+grafia;
        RETI > rectus, a, um > reto > reti+líneo;
        SEMI > semi > metade > semi+circulo; semi+árido;
        SESQUI > sesqui > um e meio > sesqui+centenário;
        TRI > tres, tria > três > tri+color;
        UNI > unus, a, um > um > uní+ssono;
        VERMI > vermis, is > verme > vermí+fugo; vermi+cida.
     COMO SEGUNDO ELEMENTO DA COMPOSIÇÃO
        CIDA > que mata > regi+cida; sui+cida;
        COLA > que cultiva ou habita > vití+cola; arborí+cola;
        CULTURA > ato de cultivar > api+cultura; pisci+cultura;
        FERO > Que contém ou produz > aurí+fero; flamí+fero;
        FICO > que faz ou produz > bené+fico; frigorí+fico;
        FORME > que tem forma de > cunei+forme; flori+forme;
        FUGO > que foge, que faz fugir > centrí+fugo; febrí+fugo;
        GERO > que contém; que produz > armí+gero; belí+gero;
        SONO > que soa > horrís+sono; unís+sono;
        VORO > que come > carní+voro; herbí+voro.
        OBS.: Na língua portuguesa, estas palavras recebem o nome de sufixos.
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        VERBO SUM = SER (Verbo Irregular)
        Sum – Es – Est – Summus – Estis – Sunt. (presente)
        Eram – eras – erat – eramus – eratis – erant. (Imperfeito)
        Ero – eris – erit – erimus – eritis – erunt. (Futuro do Imperfeito)
        Fui – fuisti – fuit – fuimus – fuistis – fuerunt. (Perfeito)
                  -x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-
        VERBO AMARE  = AMAR > 1ª conjugação
        Amo – Amas – Amat – Amamus – Amatis – Amant. (Presente do Indicativo) AMO
        Amabam – Amabas – Amabat – Amabamus – Amabatis – Amabant (Imperfeito) AMAVA
        Amabo – Amabis – Amabit – Amabimus – Amabitis – Amabunt (Futuro do Presente) AMAREI
        Amavi – Amavisti – Amavit – Amavimus – Amavistis –Amaverunt (Perfeito) AMEI – TENHO AMADO
        VERBO LEGERE  =  LER  -  3ª conjugação
        (Lego, is, legi, lectum, ere)
        Lego – legis – legit – legimus – legitis – legunt (presente)
        Legebam – legebas – legebat – legebamus – legebatis – legebant. (Imperfeito)
        Legam – leges – leget – legemus – legetis – legent. (Futuro)
        Legi – legisti – legit – legimus – legistis – legerunt. (Perfeito)
        VERBO LAUDARE  =  LOUVAR (1ª Conjugação)
        Laudo – Laudas – Laudat – Laudamus – Laudatis – Laudant. (Presente do Indicativo) - LOUVO
        Laudabam – Laudabas – Laudabat – Laudabamus – Laudabatis – Laudabant. (Imp. do Indicativo) LOUVAVA
        Laudabo – Laudabas – Laudababit – Laudabimus – Laudabitis – Laudabunt. (Fut. do Presente) LOUVAREI
        Laudavi – Laudavisti – Laudavit – Laudavimus – Laudavistis – Laudaverunt. (Perfeito) Louvei / Tenho louvado.
OBS.: Outro fato que precisamos destacar é o não uso dos pronomes pessoais (eu – tu – ele(s) – nós – vós – eles) em alguns casos do  Latim, com o podemos notar nas conjugações dos verbos. Isso não significa dizer que eles não existem no Latim. Vamos conhecê-los!!!
          Em primeiro lugar, precisamos saber que o PRONOME é a palavra que substitui ou pode substituir o SUBSTANTIVO. Então, vamos conhecer os Pronomes Pessoais Latinos:
          SINGULAR
Nominativo                            EGO             -       TU                    (não tem)
Vocativo                                (não tem)     -       TU                   (não tem)
Genitivo                                 MEI                -       TUI               -    SUI
Dativo                                    MIHI               -       TIBI              -    SIBI
Ablativo                                ME                  -       TE                -    SE
Acusativo                            ME                  -       TE                -     SE ou SESE
          PLURAL
Nominativo                -        NOS                                    -   VOS                                    -  (não tem)
Vocativo                    -         (não tem)                          -   VOS                                    -  (não tem)
Genitivo                    -         NOSTRUM ou NOSTRI   -   VESTRUM ou VESTRI     -  SUI
Dativo                       -          NOBIS                               -   VOBIS                                 -  SIBI
Ablativo                   -          NOBIS                               -    VOBIS                                -  SE
Acusativo               -          NOS                                   -    VOS                                 -  SE ou SESE
Observações:
1 - Note que no singular e no plural do CASO RETO não existem  Vocativos nas 1ª e 3ª pessoas e Nominativo nas 3ª pessoas. Já no singular e no plural do CASO OBLÍQUO existem Pronomes em todos os casos.
Vejamos esses exemplos:
Me laudant = Louvam-me  >  Verbo transitivo direto.
Mihi parente = Obedecem-me  > Verbo transitivo indireto.
Veja que, em Português ME, TE, NOS, VOS servem para objetos diretos e indiretos. Em Latim, as formas são diferentes.
PRONOMES DEMONSTRATIVOS
Em Latim, os pronomes demonstrativos se apresentam nas formas: Masculino, Feminino e Neutro, como podemos ver no quadro seguinte:
MEU          -   MEUS           -     MEA           -     MEUM
TEU          -   TUUS            -     TUA            -      TUUM
SEU         -    SUUS           -     SUA             -      SUUM
NOSSO   -    NOSTER     -     NOSTRA     -     NOSTRUM
VOSSO   -    VESTER     -      VESTRA     -     VESTRUM
SEU        -     SUUS          -     SUA             -       SUUM
Preste atenção nestas expressões com a palavra IPSE (pronome demonstrativo): “IPSE CAESAR” (O próprio Cesar) – “TRIENNIO IPSO MINOR” (Justamente três anos mais moço).
O próprio – a própria – ele próprio – ela própria – eu próprio – tu próprio.
        Vejamos alguns exemplos simples, para nos familiarizarmos com o Latim:
        1 – Poeta linguam Graeciae amat. (O poeta ama a língua da Grécia). (Poeta linguam graeciae amat)
        POETA está no nominativo singular. Logo, é o sujeito da oração. (o poeta)
        LINGUAM está no acusativo. Logo, é o Objeto Direto da oração. (a língua)
        GRAECIAE está no Genitivo singular. Logo, é o Adjunto Adnominal da oração. (da Grécia)
        AMAT é o verbo da oração e está na 3ª pessoa do singular, referindo-se ao poeta.
        OBS.: Geralmente, em Latim, o verbo vem no final da frase.
        2 – Maria mater Jesu est. (Maria é a mãe de Jesus)
                  Maria (suj.) / Mater (comp. nom.) / Jesu (comp. adnominal.)
        3 – Agricolae amant campum. (os agricultores amam o campo)
                 Agricolae (suj.) / Campum (obj. dir.) / Amant (verbo amare)
        4 – Agricolas laudamos. (saudamos os agricultores)
                 Agricolas (obj. dir.) Laudamus (verbo laudare)
        5 – Victoriam nuntiamus. (anunciamos a vitória)
                 Vitoriam (obj. dir.)  Nuntiamus (verbo nuntiare)
        6 – Regina ancillarum. (ó rainha das escravas)
                 Regina (vocativo)  Ancillarum (adj.adn.)
        7 – Ancilla reginae. (ó escrava da rainha)
                 Ancilla (vocativo)  Reginae (adj. Adn.)
        8 – Regina nautarum. (ó rainha dos marinheiros)
                  Regina (vocativo)  Nautarum (adj. Adn.)
        9 – Poetae (dat.) victoriae (gen.). (ao poeta da vitória)
                 Poetae (obj. ind.)  Victoriae  (adj. Adn.)
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QUE TAL CANTARMOS O HINO NACIONAL BRASILEIRO EM LATIM!!!
        HYMNUS BRASILIENSIS
                                    I
        Audierunt Ypirangae ripae placidae,
        Heroicae gentis validum clamarem,
        Solisque libertatis flammae fulgidae,
        Sparsere Patriae in caelos tum fulgorem.
                  Pignus vero aequalitatis
                  Possidere si poluimus brachio forti
                  Almo gremio en libertatis,
                  Audem sese offert  ipsi pectus morti!
        O cara Patria, Amoris atria,
        Salve! Salve!
        Brasília, somnium tensum, flamma vivida,
        Amorem ferem spemque ad orbis claustrum,
        Si pulchri caele alacritate limpida,
        Splendescit almum, fulgens, Crucis plaustrum.
                  Ex propria gigas positus natura,
                  Impavida, fortisque, ingensque moles,
                  Te magnam praevidebunt jiam futura.
        Tellus dilecta, Inter similia
        Arva, Brasilia, Es Patria electa!
        Natorum parens alma es inter lilia,
        Patria cara, Brasilia
        In cunis semper strata mire splendidis,
        Sonante mari, caeli albo profundi,
        Effulgie, o Brasilia, flos Americae,
        A soli irradiata Novi Mundi!
                     Ceterisque in arbe plagis
                     Tui rident agri florum ditiores;
                      “Tenent silvae en vitam magis,
                     Magis tenet tua sinu vita amores.”
        O cara Patria, amoris  atria,
        Salve! Salve!
                       Brasilia, aeterni amoris fiat  symbolum,
                       Quod affers tecum, labarum stellatum.
                       Em dicat aurea viridisque flammula
                       Ventura pax decusque superatum.
        Si vero tollis Themis clavam fortem,
        Non filios tuos videbis vacillantes,
        Aut, in amando te, timentes mortem.
                    Tellus dilecta, Inter similia
                    Arva, Brasilia, es Patria electa!
                    Notorum parens alma es inter lilia,
                    Patria cara, Brasilia!


FIM DA AULA 02  -  
ATÉ A PRÓXIMA AULA!